CONSELHEIRO MATA

CONSELHEIRO MATA
ESCOLA NORMAL DE CONSELHEIRO MATA

QUANTAS SAUDADES




O Predio Novo
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QUANTAS SAUDADES
Oi Ione, sou Ívia, fui sua contemporânea  qdo estudamos em Conselheiro Mata, você se lembra de mim? Através da Internet tive a grande alegria de saber sobre nossa Escola e algumas colegas. Agradeço-lhe por nos conceder esta felicidade contando tanta coisa boa. Li e reli suas mensagens e dos colegas e quase as decorei, foi uma satisfação sem medidas. Vivi e convivi naquele santo educandário durante 5 anos e me formei em 1963. Me lembro muito de você, da Norma e da turma de Baldim. Sempre fui muito alegre e gostei de cantar. Regi o Coral de D. Lourdes Moura, quantas saudades dela.....uma artista! Sobre o Anderson, filho de dona Natalia, bibliotecária da escola, eu me lembro muito. Ele, além de inteligente era bem comportado, dedicado e...bonito. Se hoje é bem sucedido na vida deve aos seus méritos e ao exemplo de seus pais. Parabéns a ele e a Zigma pelo ICZ em Conselheiro Mata.Vou mandar uma mensagem para ele. 
Bem colega, temos muito a conversar, vamos falando em etapas, certo? MANDE ME DIZER QUANDO SERÁ O NOVO ENCONTRO DE EX ALUNAS(OS), não vou perder. Aguardo urgente mensagem sua. Olha, aqui em Janaúba tem algumas ex-alunas da nossa escola, Maria Daluz, Dalva Oliveira, Leolina e Norma Fonseca vou falar c/elas. 
Abraços - 
ÍVIA lADEIA BATISTA     -       Janauba, 28/04/2011





ENCERRAMENTO

 O Coral de D. Lourdes Moura
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ENCERRAMENTO
 O encerramento do Encontro aconteceu em torno de 19:00 h com o final da apresentação do Coral da D. Lourdes Moura e do Coral Casa Viva Voz, com arranjos e regência de Eduardo Pio. Foram sorteados brindes de lembrança, livros e discos. Nas despedidas, as trocas de endereços e telefones para contato, que deverão ser divulgados, até o próximo Encontro que talvez aconteça em Conselheiro Mata. O tempo realmente foi pouco pra matar as saudades, mas valeu pra muitas que não se viam há tantos anos. Nossos agradecimentos à Comissão de Mobilização e parabéns pelo excelente trabalho de organização do Encontro.  

APRESENTAÇÃO

 Coral Casa Viva Voz
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O ALMOÇO

 Maura Lages, Maria das Dores,
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D.LOURDES MOURA


D. Lourdes Moura
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EX-ALUNAS NOTÁVEIS

Helena, Edla e Anísia de Paula
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debora disse...
SAUDADES QUE TENHO DAI SOU DEBORA EX ALUNA DAI ESCOLA.VENDO AS FOTO DA UMA SAUDADE SOU DA TURMA DE 1994 1996.LOGO FUI EMBORA Ñ CONSEGUI TERMINA TUDO.MAS SIDO SAUDADES LEMBRO BEM DA GILDIMARA E A LUCIANA (LOCHA)QUE Ñ SE LEMBRA DO PROFESSOR CHICO.OS UNIFORME BLUSA AMARELA E CALÇA JEANS.MEU MSNÉ debora.ferreira20@hotmail.com.QUEMFOR DFA MINHA EPOCA ENTRE EM CONTADO COMIGO.BJOS

TURMA DE 1961

 Isabete, Iris, Érica e Zezé Reis
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A ATUAL DIRETORA


 Edla Miranda, a diretora da Escola
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PRÓXIMO ENCONTRO
A atual diretora da Escola de Conselheiro Mata , Edla Miranda, esteve presente ao Encontro  e comemorou conosco os 60 anos de Jubileu da Escola. Pelas fotos atuais da Escola pode-se ver o trabalho que a Edla desenvolve lá , não só cuidando com carinho do patrimonio mas mantendo o espírito da tradição das atividades da Escola. Foi dada a sugestão de fazer o próximo Encontro lá na Escola de Conselheiro Mata e a Edla se prontificou dizendo que lá estão todos os móveis e utensílios que foram preservados ao longo dos anos. Seria um sonho rever a Escola no próximo Encontro. Parabéns Edla, pelo seu trabalho na direção da Escola.

A COMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO


 Comissão de Mobilização do Encontro
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AS MENINAS 
Parabéns à Comissão de Mobilização do Encontro de Conselheiro Mata, Na foto acima, Teresinha França, Emília Liboreiro, Glorinha Mesquita, Mercês Moura, Lourdes Fonseca, Anísia Figueiredo, Hermínia Tadeu e Maria Luiza Mendes. Estas meninas foram incansáveis na Organização do Encontro, correndo atrás dos endereços dos contatos, pelo Correio, por telefone, por e-mail para que ninguém  ficasse sem comunicação. Obrigada a vocês pelo encontro com pessoas tão queridas da Escola.  Esperamos que estes Encontros continuem acontecendo e que o próximo seja na Escola de Conselheiro Mata. Obrigada e Parabéns à Comissão. 

D. GISELE

 D. Gisele, professora
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FUNDAÇÃO DA ESCOLA

 Escola Normal Regional
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FUNDAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Normal Regional Dom Joaquim Silvério de Sousa foi criada aos 30 de setembro de 1949, iniciando suas atividades em 1950. A Escola foi instalada em uma casa de retiro dos padres construída por Dom Joaquim Silvério de Sousa, primeiro Arcebispo de Diamantina.Esta casa foi vendida ao Governo do Estado de Minas Gerais por seu sucessor Dom Serafim Gomes Jardim, segundo Arcebispo de Diamantina. Na fundação as presenças marcantes de D. Helena Antipoff, a criadora e idealizadora do Projeto, e sua discípula Lidimanha Augusta Maia.

PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO

 As irmãs, Iris Lage e Ilca Souza 
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                                                                   PROGRAMAÇÃO
09:00h -  Chegada, entrega do panfleto, cumprimentos, exposição de documentos e  fotos da Escola, lanche.
10:30h - Reunião no Auditório, boas-vindas com D.Teresinha França.
10:45h - Palestra: "Educação para novos tempos" com Anísia de Paula Figueiredo.
11:40h - Espaço aberto para debate, colocação de idéias sobre a passagem por Conselheiro Mata.
12:15h - Almoço, projeção de fotos e apresentação de cantos.
14:30h - Continuação do debate, experiências partilhadas com Maria Luiza Mendes e Glorinha Mesquita.
15:30h - Fechamento, Síntese, Avaliação.
16:30h - Confraternização
17:30h - Encerramento: Coral da D.Lourdes Moura sob a regência de Eduardo Pio.
Organizadoras do Evento: Maria Luiza Mendes Bottaro, Hermínia Tadeu, Lourdes Fonseca, Anísia de Paula Figueiredo, Maria das Mercês Moura Martins, Teresinha França, Glorinha Mesquita, Emília Liboreiro.
Belo Horizonte, 05/09/2010

JUBILEU 60 ANOS

Foto: Casa de Retiro São José
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O ENCONTRO
A Comissão do Encontro dos  ex-professores e alunos dos Educandários de Conselheiro Mata, comemorando o Jubileu de 60 anos de sua fundação, comunica que o Encontro ocorrerá  no dia 05 de setembro de 2010, com início às 9:00h e encerramento às 19:30h, na Congregação Redentorista do Retiro São José, situada na Avenida Itau, 475, no Bairro Dom Bosco, em Belo Horizonte, MG, próximo a PUC Minas. Cep. 30730280, Tel. (31) 34115040 begin_of_the_skype_highlighting            (31) 34115040      end_of_the_skype_highlighting, Fax. (31) 34114813, Email: contato@casaderetirossaojose.com.br O menor custo importará na quantia de R$50,00 (cinquenta reais) por participante, incluídas as 3 refeições que serão oferecidas. Essa quantia deverá ser depositada no Banco Itau,  Agencia  3102  Cc 21055-0  BH,  sob o controle das tesoureiras eleitas pela Comissão: Maria Luiza Mendes Bottaro e Hermínia Tadeu Silva Mesquita. Os participantes deverão entrar em contato com os integrantes da Comissão, confirmando sua presença e encaminhando o comprovante de depósito da quantia até o dia  20 de agosto próximo. A Comissão de Mobilização conta com a presença de todos os ex-professores e alunos e solicita aos que já receberam as comunicações que divulguem o Evento e convidem os colegas que não foram contatados. Pela Comissão: Maria das Mercês Moura Martins - Rua Alberto de Freitas Ramos, 90 - Bairro Piratininga - Belo Horizonte - Mg  Cep. 31 570-420  Tel. (31) 34533580 begin_of_the_skype_highlighting            (31) 34533580      end_of_the_skype_highlighting Cel. 88333580 - Acesse o site: http://www.casaderetirossaojose.com.br/

EX-ALUNAS DE SÃO VICENTE



Encontro de Ex-alunas em BH
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Oi Poliana,

Já estava sentindo falta de vc e da Luciana nos comentários. Estou devendo uma visita a São Vicente para conhece-las pessoalmente.Adorei saber que sua mãe estudou em Conselheiro Mata, aproxima a gente mais ainda.Creio que estudamos em épocas diferentes, eu me formei em1961 (não faça as contas...kkkk) já sou avó de 4 netos, mas com espírito de jovem e blogueira.No próximo dia 05/setembro, de 9:00h as 19:00h, vamos ter um Encontro de ex-alunas em BH, comemorando 60 anos da Escola de Conselheiro Mata.Eu fiz os contatos com as ex-alunas de Baldim, através do meu blog (http://www.conselheiromata.blogspot.com )  mas não sabia que sua mãe também era ex-aluna. Ela ainda pode participar. Lá no Blog tem todas as informações para participar, tem até o site do local do Encontro, veja lá. Seria ótimo a gente se ver lá.  Ela pode ligar pra Mercês ou Luizinha e confirmar presença.De São Vicente tem a Rosangela Marques, filha de Santinha,  a Gloria Bernadete, sua mãe deve conhecer, são muitas no município todo.Vá com sua mãe pra gente se conhecer. Bjs pra vocês. Ione.

JARDIM DA CARPINTARIA


 Jardim, ao lado da Carpintaria
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ATIVIDADES EXTRAS

Aula prática de Manicure
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DA LAMPARINA À PARABÓLICA


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 Escola de Conselheiro Mata
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OS BANHOS NO RIO

Banho no rio
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GRANDE D. LICOTA


 Aula prática de Culinária
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GRANDE  D. LICOTA
A cozinha da D. Licota me lembra uma das Festas de Aniversário da Escola de Conselheiro Mata. Dependendo do setor de aulas práticas que você estivesse naquela semana...o bicho ia pegar. Felizmente eu não estava no Clube Artístico de D. Lourdes Moura, pior, eu era da Equipe da Cozinha. D. Lourdes reuniu as turmas e delegou as funções, sobrou pra mim a sobremesa do almoço da festa. Fazer pudim pra 120 alunas, um monte de professores e convidados. Não deu outra, comecei a chorar. D. Lourdes disse:
 - "Eu quero uma sobremesa doce, não salgada de lágrimas, deixa pra chorar depois da festa." Como não chorar? Como fazer mais de 10 pudins, sem formas, sem forno, sem geladeira, sem liquidificador, tudo feito na hora, do nada... Corri para o colo da D. Licota, a cozinheira do fogão a lenha, com aqueles seus panelões enormes que só ela sabia manobrar. D. Licota era magrela, bem alta, impecável, com aquelas  roupas longas e brancas. Ela disse:
 - "Não conta pra ninguém, mas eu vou ajudar você".
Naquela época as frituras eram feitas com gordura de côco, que vinha numa  lata redonda e alta do tamanho de um queijo de Minas. Fizemos os pudins à tarde, na véspera da festa. Depois do jantar, ela colocou as latinhas sobre o fogão ainda quente, cobriu com uma enorme folha de zinco, jogou as brasas do fogão por cima e manteve o fogo baixo até tarde da noite. De manhã os pudins estavam cozidos e dourados. Soube depois que foi a própria D. Lourdes quem pediu a ela pra me ajudar. Dividi com ela a nota 10 e os elogios que ganhei pela sobremesa. Grande D. Licota! Essa era a D. Lourdes Moura. 

PROFESSOR MOACIR

Plantação de tomates
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PROFESSOR MOACIR
A semana de Aulas Práticas na Horta era cansativa apenas para aquelas alunas que pegavam na enxada pra valer, por gostarem ou para garantir a nota em Agricultura. Mas, acima de tudo, a semana na Horta era muito divertida, simplesmente pela presença do Professor Moacir. Cenoura crua, tomates, tudo  rolava como uma merenda. A nota 10 em Prática era fácil de tirar, as teóricas também.  O professor Moacir já era uma piada e gostava de contá-las. Baixinho, magrinho,   cabelos pretos, pintados, quase careca, apesar de seus 40 anos, o bigodinho, tipo Hitler, andava  sempre com pressa a passos curtos e rápidos. Nunca se soube que ele namorasse as alunas, parecia mesmo um solteirão convicto. Era misterioso, até que em uma das férias, nós, da turma de Baldim, fomos visitá-lo em sua casa, em Divinópolis. Não tinha segredos, morava com a mãe, ficamos hospedadas em sua casa. Minha mãe foi junto, que naquela época, moça de família não viajava sozinha, muito menos pra visitar um rapaz solteiro. Fizemos um belo passeio na cidade, vimos a corrida do ferro gusa numa siderúrgica... Professor Moacir Gomes, gente muito boa!

OS APARTAMENTOS

 Apartamentos dos professores
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OS JARDINS DA ESCOLA


 Os jardins da Escola
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O INVERNO

 Vista de Conselheiro Mata
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O ASSALTO AO POMAR



 Entrada do Pomar
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O ASSALTO
Numa noite enluarada, a turma de Baldim, (os grupos eram identificados pela sua cidade de origem) e mais umas outras que eu não me lembro agora, resolvemos ir ao pomar roubar umas frutas. Fizemos uma boa colheita e uma boa farra, mas deixamos pistas evidentes do assalto, cascas de mexirica pra todo lado. No dia seguinte, D. Pedrosa quase teve um ataque, ela amava aquele pomar. O assalto ao pomar foi o assunto do dia, mas ninguém sabia quem fez aquilo. 
D. Lourdes Moura foi em todas as salas de aula e disse que já sabia qual a turma que assaltara o pomar. E esperava que as assaltantes se apresentassem no quarto dela logo após a hora do repouso ou o castigo seria pior. Não havia pra onde correr, entramos num acordo e achamos melhor confessarmos o crime. Depois do repouso, lá fomos nós pro quarto da D. Lourdes Moura. Ela abriu a porta do quarto, colocou as  mãos na cintura, deu uma boa risada e disse:
 - Bonito! Então, foi a turma de Baldim! Vocês são uma turma de idiotas, caíram direitinho na armadilha. Eu nem desconfiava de vocês. Da próxima vez sejam mais espertas.
Deu outra boa risada e  fechou a porta na nossa cara. Essa era a D. Lourdes Moura.

NA HORA DA REZA










 Antiga Igreja de Conselheiro Mata
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ACONTECEU
Todas as tardes, quando terminavam as aulas, antes do jantar, as alunas e professoras da Escola se dirigiam a Igreja de Conselheiro Mata para rezar o terço. A Igreja ficava no centro do pequeno povoado, bem pertinho da Escola, cerca de 300m. Sempre ficavam 2 alunas na entrada da Escola, tomando conta da portaria, já que os funcionários, moradores no povoado, já tinham ido pra casa. Neste dia, a Neide Reis e a Mirtes França ficaram de "plantão da reza". Elas estavam sentadas na escada de entrada da Escola, numa conversa tão animada, que nem perceberam a chegada de uma senhora, baixinha, magrinha, de cabelos ralos e brancos, acompanhada de dois senhores. Ela perguntou pela D.Lidimanha e as alunas disseram que ela estava na Igreja, mas não ia demorar. Elas se afastaram para os lados, para dar passagem na escada, a senhora entrou e se sentou no banco da saleta. E a prosa das duas continuou animada, chegaram até a comentar se a tal senhora seria avó ou bisavó de alguma aluna, entre cochichos e risos, tentando adivinhar com quem ela se parecia. Nisso, a reza terminou e as alunas chegaram correndo, batendo palmas e cantando ... "Alecrim... Alecrim dourado... que nasceu no campo"... elas estranharam aquela chegada diferente e logo ficaram sabendo o que estava acontecendo. Aquela velhinha, sentada no banco da saleta era D. Helena Antipoff, a fundadora da Escola. Elas se misturaram na turma das alunas e desapareceram. Mas, não acabou aí, no dia seguinte, a D.Helena Antipoff foi em todas as salas de aula, fazer uma visita, e quando passou pela Neide e a Mirtes, parou e falou baixinho, quase no ouvido delas:
 - Ah, achei vocês! Espero que na próxima vez que eu voltar aqui vocês já tenham aprendido a receber visitas!...


O PRÉDIO NOVO

 O Prédio Novo
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AS NOVAS SALAS DE AULA
O "Prédio Novo da Escola", assim era chamada a nova Ala das Salas de Aulas, de um lado as grandes janelas de vidro, de frente para Conselheiro Mata, do lado de dentro um longo corredor com as portas das salas, tudo novo, muito bonito, bem na frente do Antigo Prédio, com um enorme jardim separando os dois prédios. Além das salas de aula, o Novo Prédio abrigava a Biblioteca, a Diretoria da D. Lidimanha, a Secretaria da D. Amélia Lages e um apartamento no final do corredor onde dormia o Padre Aleluia.
O ANTIGO PRÉDIO
A entrada principal continuava sendo na porta central do antigo prédio. Do lado esquerdo, o Refeitório, ao longo do prédio, a cozinha em frente, após o corredor. À direita, a antiga Secretaria de D. Amélia Lages, o Clube Artístico, o quarto da D. Lourdes Moura. Exatamente em cima da porta de entrada da Escola, no segundo pavimento, o quarto da D. Lidimanha, de um lado a D. Pedrosa e do outro a D. Amélia, em seguida os dormitórios dos dois lados até o final do prédio. Do lado de dentro do prédio largos corredores de assoalho, com janelas dando para o pátio interno, como um mosteiro, com armários ao longo das paredes até o final, onde ficavam os banheiros. No pátio interno ficava o Galpão, espaço para aulas práticas, exposição de trabalhos, palco de festas, tudo acontecia lá.

O SALÃO DE FESTAS

 O Salão de Festas da Escola
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ONDE ERA O SALÃO DE FESTAS?
Seria do lado direito do Galpão, um espaço que a D. Lourdes usava para reunir todas as alunas para um ensaio geral... Não tinha palco, nem cadeiras... mas, virava Salão de Festas, em qualquer ocasião, era só a D. Lourdes querer fazer que fazia acontecer e no melhor estilo e bom gosto, como tudo que ela fazia. Tudo acontecia no antigo prédio, as janelas são as mesmas, o piso foi trocado e as cadeiras eram de auditório ou cinema. Os Teatros, as peças que eram escritas na sala de aula e apresentadas nos domingos festivos, datas especiais. Tudo funcionava, sem recursos, não se sabe como, imperava a criatividade.Está tudo lá pra matar as saudades da gente. Havia um piano, ou órgão, neste Salão para as aulas de Canto. Ah...as provas orais de música, tirar solfejos... o pesadelo das mudas que nem eu... nos ensaios e apresentações eu me escondia atrás da Zezé Reis, ela soltava a voz e eu fazia a mímica.Todos os apertos valeram a pena, hoje, só boas lembranças.

EDLA MIRANDA



 Edla Miranda

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UMA NOVA ESCOLA, UMA NOVA DIRETORA
Edla Miranda é a atual Diretora da Escola Estadual de Conselheiro Mata. A Edla foi muito simpática permitindo que eu usasse uma foto dela no Blog e visitasse sua página no Orkut para pegar fotos atuais da Escola. Tudo isso graças a atenção da Rosangela Marques, de São Vicente, minha conterrânea e ex-aluna da Escola e amiga da Edla. A Edla é de Conselheiro Mata, ex-aluna da Escola e é super dedicada a Escola. Parabéns, Edla, a Escola está linda. Obrigada a Rosangela e a Edla pela gentileza das fotos, que com certeza vão trazer muitas emoções às ex-alunas da Escola que visitarem este Blog.

A SALETA DE VISITAS

Saleta de entrada da Escola
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Esta saleta tem muitas histórias pra contar

O DORMITÓRIO

 O Dormitório
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PURA DIVERSÃO
Ah... o nosso dormitório não tinha tanto espaço assim não, eram três fileiras de camas, com um espaço em frente a porta, para entrada. No fundo de cada dormitório havia uma divisória, tipo um biombo alto, com entrada independente, onde dormiam uma ou duas professoras. Hoje, a Escola tem um prédio anexo, só de apartamentos para os professores. Naquele tempo, uma professora dormindo junto com as alunas ajudava a manter a ordem e principalmente ouvia os papos que rolavam altas horas da noite, ou mandava calar a boca e dormir. Em geral elas eram simpáticas e educadas, ficavam silenciosas, corrigindo provas ou preparando aulas com um abajour aceso. O dormitório sempre foi o local mais divertido de um colégio interno, principalmente quando umas queriam dormir e outras se divertir por falta de sono. O papo rolava solto, era hora do bate-boca, de soltar os palavrões e apelidos, acertar as contas mal resolvidas durante o dia. As orações se misturavam as piadas e aos puns, tudo era motivo pra dar risada.O ritual de colocar o macacão jeans em baixo do lençol pra amanhecer bem passadinho era sagrado, melhor do que enfrentar a fila do ferro de brasa, um capítulo á parte. Depois de todo agito da preparação pra dormir, na hora do silêncio, de apagar a luz, ouvíamos os passos no corredor de assoalho de madeira. Era a D. Pedrosa com o sonífero embaixo do braço, outro capítulo á parte.

ESCOLA FUNCIONAL

 O Galpão da Escola
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AS ATIVIDADES PRÁTICAS
O Galpão da Escola era usado para mil e uma utilidades, tanto para aulas quanto para festas. Havia no currículo um rodízio de atividades no turno da manhã e da tarde e o produto final era apresentado na Exposição dos Trabalhos no final da quinzena. Estas atividades eram de trabalhos manuais, artesanato em geral, avaliadas como matéria e com direito a nota de desempenho no boletim. Pintura, Desenho, Modelagem, Encadernação, Cestaria, Bordado, Tapeçaria, Teatro, Cenário, Carpintaria, Funilaria, Enfermagem, Culinária, Jardinagem, Horticultura, Fruticultura, etc. Falar de cada uma delas é um capítulo, á parte. As aulas teóricas na sala de aula eram postas em prática em todas as matérias. O Projeto da Escola era algo nunca visto em nenhuma Escola na época, não era simplesmente uma escola profissionalizante, era um projeto de vida mesmo.

O REFEITÓRIO


 O Refeitório da Escola
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HORA DO RANGO
O Refeitório é o mesmo de anos atrás, as janelas perderam o verniz, mas as cadeiras são novas. As mesas não ficavam cobertas á noite, depois do jantar, sempre rolava um pingue-pongue até bater o sino para o estudo da noite ou subir ao dormitório. 
Eram 12 mesas com 10 lugares cada uma, em cada uma delas sentava um professor. Era um sistema de rodízio em que todas as alunas passavam pela mesa de todos os professores. A mesa mais divertida era do Professor Moacir, ele contava piadas e a gente tinha que segurar o riso pra ninguém desconfiar que era piada, mas ele mesmo dava aquela risada mostando aquele dentão de ouro dele. Na mesa da D.Lourdes Moura imperava a etiqueta, cotovelos na mesa, nem pensar. A D.Pedrosa era um terror, brava que só, qualquer assunto virava bronca, mas em compensação, a mesa da D.Mirtes era uma esculhambação geral, podia tudo, até falar de boca cheia, que nem ela fazia. Agora, sentar á mesa da D.Lidimanha, impecável, era como ser a convidada do comandante do navio. Reparando bem, os arranjos de mesa e teto não foram feitos no Clube Artístico da D.Lourdes Moura, mas as florzinhas da serra estão lindas. E, na parede, ao fundo, é uma TV, não é aquele rádio que não pegava nada, só as ondas curtas. Quando pegava um rock ou um twist, as mesas eram afastadas, o volume do radio no máximo e ganhavamos a noite, que durava pouco, ou o radio começava a estourar, perdia a onda ou o sino acabava com a farra. Intão, cadê o sino sobre a cadeira da D.Lidimanha, que soava após o jantar, pedindo silêncio para a leitura do Diário. Ah... o Diário é um capítulo à parte. Não vejo o lampião de gás, pendurado no teto, e as lamparinas que fazíamos na forjinha, onde foram parar? Elas devem estar jogadas em alguma caixa debaixo da escada do dormitório, onde a D.Lourdes Moura sempre pegava a gente estudando, de madrugada, na véspera das provas, com as lamparinas de querosene acesas.
 O refeitório não ficaria completo sem falarmos dos almoços festivos., aquelas travessas enormes, todas enfeitadas, o arroz colorido de beterraba, de espinafre, as saladas, valendo nota pra turma da Culinária da semana.Tudo sob o comando da D.Licota, no panelão do fogão a lenha, da D. Conceição Cunha, no cardápio, na teoria da sala de aula, e a D.Tereza, na arte final dos pratos, competência total. E, bom apetite não faltava. Bons tempos aqueles...

JOSÉ ALCEU RIBEIRO


 Entrada da Escola
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DEPOIMENTO 
Á Comissão Organizadora do Encontro de Ex-alunos das Escolas de Conselheiro Mata
Foi mesmo muita alegria ler tal convite e ficar sabendo que se lembraram de mim (o dentista e professor).Conselheiro Mata sempre esteve e estará presente em minha vida. Lembro-me com saudade da Escola de Conselheiro Mata, com a inesquecível D.Lidimanha á frente; do Ginásio Padre José de Carvalho, do Curso de Treinamento; do Curso de Cafeicultura; da Escolinha Infantil, com seus menininhos cantando cantigas de roda, já beirando a hora do almoço; do Coral da competente D. Lourdes Moura que, dentre outras belíssimas apresentações, de tirar o fôlego da gente, deu um show aqui em Diamantina, quando veio especialmente convidado para abrir o Festival da Canção; da dedicação de D. Licota e de D. Teresa e suas comandadas na cozinha... Todas essas lembranças passam como que um filme em minha cabeça:os diários elaborados com tanta criatividade e competência pelos alunos da Escola e do Ginásio após o jantar;o sino da Escola às 22:00h prenunciando a hora de dormir; as longas prosas com D.Pedrosa envolvendo política; as exemplares organização e disciplina das Escolas; as seções de teatro realizadas pelas alunas no Auditório da Escola, aos sábados á noite; os solenes atos de hasteamento da Bandeira Nacional nos pátios da Escola e do Ginásio; os brilhantes desfiles de 07 de setembro; a atenção especial que D.Amelia Lages a mim dispensava e até o jeep que ela me ajudou a adquirir. Lembro-me ainda das orações de todas as noites dos alunos e professores reunidos na Capelinha de Nossa Senhora das Dores, cuja torre, com suas lampadazinhas acesas, contracenavam com um lindo céu estrelado; das partidas de futebol e de voley realizadas entre os alunos e a comunidade; das nadadas na Cachoeira das Fadas e, logo em seguida, aquele delicioso almoço no Ginásio. Relembro a passagem do Trem-de-ferro; o radinho de pilha que eu deixava ligado na Rádio Aparecida, lá no Consultório Dentário do Lactário, com o objetivo de quebrar um pouco a tensão de quem nunca tinha visto Dentista na vida; os deliciosos bifes acebolados que o professor Moacir Gomes fazia para todos nós, professores masculinos, aos sábados, depois das 22:00h, no Lactário, acompanhados de um delicioso vinho, sem contar com os causos que só mesmo o professor Moacir sabia contar. Das namoradas e das serenatas que fazíamos, essas não posso esquecer jamais! Enfim, todo aquele cenário a nós envolvendo,cada qual na sua função. Professores, alunos, funcionários, clientes, amigos...tudo dentro daquela paisagem estonteante da região. Foi tudo muito bom. Como se diz hoje:Valeu! Hoje não exerço mais a função de professor, dediquei-me a Odontologia. Nas horas vagas sou músico semi-profissional (tecladista) conhecido como o Destista-que-toca . Não tenho mais condições de opinar sobre assuntos de Magistério por estar desatualizado, mas observo que precisamos de outra educação, tipo a das escolas de Conselheiro Mata no ensino brasileiro. É uma bela iniciativa esta de promover esses encontros pois além do prazer dos intercâmbios, estaremos colaborando para resgatar o que realmente se pode chamar de Ensino.
José Alceu Ribeiro, ex-professor, dentista e músico. Diamantina, 18/01/2010